Sabemos que o que vestimos afeta diretamente nossa autoconfiança. Vejo, porém, muitas mulheres confiando toda a sua autoconfiança ao vestir, quando, de fato, não é bem assim que acontece.
Para explicar melhor, quero trazer uma história: no começo de 2022, eu estava decidida a criar o negócio que eu vinha sonhando desde de 2018. Eu amo atender como consultora e, ao longo dos anos, descobri que amo aprender e ensinar.
Para mim, ensinar não é só uma expressão do meu trabalho, mas também uma forma de devolver ao mundo toda a abundância de conhecimento a qual eu tenho acesso. Por isso, há anos, eu venho sonhando com um negócio estruturado onde eu possa atender e possa ensinar às pessoas que não teriam acesso a uma consultoria personalizada.
No fim de 2021, percebi que não tinha mais como fugir desse novo modelo de negócio. Certo dia, comentei na terapia: “sou ótima em cumprir prazos e metas que estabeleci com cliente, mas percebo que tenho dificuldade de realizar quando algo só diz respeito a mim, como, por exemplo, colocar um canal do Youtube no ar”.
A minha terapeuta respondeu: “cumprir pequenas ações que levam aos seus objetivos individuais, sem que precise de uma supervisão ou comprometimento com o outro, é o primeiro passo para construção de autoconfiança. Cumprir com algo que é exclusivamente para você é uma afirmação de que você é confiável. Na medida que se torna confiável para si, você transbordará confiança para o outro.” O comentário dela expandiu minha consciência.
De lá para cá, venho comprometida com os pequenos passos da minha própria jornada. Hoje, não obrigatoriamente para colocar um canal do Youtube no ar ou para escrever uma newsletter, mas para alcançar um objetivo maior que é mostrar para mim mesma que sou confiável – que, no meu ponto de vista, mexe com toda a configuração do meu cérebro e com a minha autoimagem.
Por que estou lhe contando isso? Porque a verdade é que, nós mulheres, somos levadas a desacreditarmos de nós. Somos tolhidas nos nossos sonhos. Algo sempre está em falta com relação ao nosso corpo, a nossa idade, a nossa inteligência… Somos reduzidas ao nosso sexo de nascença.
Ao longo de anos vivendo rodeada por uma aura de dúvida é natural que tenhamos desafios para acreditar na nossa força. Entendo que algumas mulheres viveram realidades mais otimistas, mas, de modo geral, a autoconfiança da mulher está sempre em uma corda bamba. E aí, vale cuidar da aparência para construir autoconfiança ou isso é reforçar padrões dos quais estamos lentamente conseguindo nos livrar? Vou lhe contar o que verdadeiramente acredito:
Tanto vale como pode transformar a relação da mulher com a própria vida. No entanto, o investimento na aparência é valioso quando está conectado ao desejo de construir uma nova e melhor versão sua: mais autônoma, mais livre, mais potente e mais feliz. Aí sim, você conquistará mudanças não só estéticas. Vai conquistar autoaceitação, leveza e força.
Para facilitar a sua jornada, compartilho o que estou aprendendo com o livro Pense e Enriqueça Para as Mulheres, da Sharon Lechter. Ele traz uma “Fórmula da Autoconfiança” e o primeiro passo é ter um propósito claro. Qual é o seu propósito claro para o cuidado com a sua imagem pessoal? Conecte-o a aspectos emocionais, como, por exemplo, se sentir mais leve e autoconfiante.
A partir daí, vou sugerir o que ela considera o passo 2: acredite na sua capacidade de atingir o seu objetivo. Ela fala ainda que “não existe a realidade de algo a troco de nada” – se quer conquistar algo é necessário abrir mão de outro algo. Ou seja, a sua versão do passado precisa abrir espaço para a sua nova versão assumir. O que essa nova versão faz? Como ela age?
Ela continua avisando que existirão forças adversas, por isso, conte com a sua persistência e constância no sentido do que deseja. O que quer dizer que, naturalmente, sentiremos uma falta de disposição para a mudança, mas se nos conectarmos às emoções que o nosso propósito nos gera e persistimos, iremos colher os frutos.
O grande lance é que nesse caminhar existem ações que são pequenas e “invisíveis” aos olhos de quem vê. Aí, eu lhe pergunto: você está disposta a encarar o desafio de construir tijolinho a tijolinho o seu caminho em direção à sua versão mais autoconfiante?
Me conta nos comentários o que acha.